vendredi 22 mai 2009

Como um lamento

Que fiz eu de mal
Para ter tal sorte?
Apenas quero viver
Deixzm-mz viver
Ou desejem-me a morte
Porque viver assim
Ja nao consigo
Eu que pensava ser forte
Sou como uma pena branca
Que o vento leva
Na passagem
Quero voltar a sorrir
Deixem-me sorrir
Acordar de manha
Olhar para o espelho
E gostar de mim
E sentir
Deixem-me sentir
Que afinal estou viva
Por favor
Deixem-me viver
Nao peço mais nada
Apenas quero que me deixem
Iniciar a nova caminhada
Com sorrisos
Sentimento e vida
E nao como um lamento

Começar de novo

Vida oca, vazia
Sem sentido
Dias que passam sem magia
Mais um dia passou
Mais um capitulo
Desta novela sem fim
E este ser que sou eu
Ja nem chorou
Por tudo quanto sofreu
Pois lagrimas ja nao tem
Para chorar
Ja nem sequer pensou
Que mais um dia vai voltar
Sempre diferente
E ao mesmo tempo
Sempre igual
Seu olhar secou
Seu corpo ja nao mente
Ao fim de tantos anos
Desta vida sem sentido
Cansada de desenganos
Cansada de ter sofrido
Resolvida a mudar
Fingir que esta tudo bem
Nao vale a pena chorar
Pelo que se nao tem
Vale e ser indiferente
Nao vale a pena pensar
Que tudo na vida acabou
Vale a pena e sorrir
Pois a vida começou
E tudo vai ser diferente

dimanche 17 mai 2009

Cansada...

Cansada da vida
E no entanto ainda tenho
Tanta vida para viver
Cansada de tudo
Nao sei se vou ou se venho
Nem se vou sobreviver
A este cansaço enorme
A esta vida de dor
Estou cansada de ser forte
De dar e nao receber
Tudo o que tenho dou
Dou a mao a um amigo,
Um colega, um conhecido
A quem nem sequer conheço
Dou meu tempo a quem precisa
E nao tenho o que mereço
Quero paz na minha vida
Pois ja nada mais eu peço
Porque amo sem medir
O amor que vou sentindo
Nao tem peso nem medida
E dado conforme posso
A quem dele vai precisando
Dou ternura, dou conselhos
Dou vida, paz e amor
Mas so nao sei ate quando
Mas...
Quando sou eu que precisa
Tenho apenas solidao
Tenho-me a mim nada mais
Pois ninguem me entende a mao
Quase sempre tento ser
A amiga que precisam
A companheira presente
Todos os dias da vida
Mas, ate quando terei forcas para dar
Tudo o que tenho dado
Se me vencer pelo cansaço
E ja nao puder amar
Tudo o que tenho amado
Pois estou cansada
De ser traida
Cansada, cansada

mardi 5 mai 2009

Basta!

Desavenças, conflitos
Discussoes constantes
E vêm os gritos
Malditos, cortantes
E vem outro dia
Eis de novo que chegam
Palavras que ferem
Como facas afiadas
Dilaçam, maltratam
E vai morrendo a esperança
De dias melhores
Vai-se aceitando a vida
E o que ela nos da
Vai morrendo o sorriso
Que se fecha em nos
Vai morrendo a alegria
Que deixamos de mostrar
Vai morrendo a calma
Oprimida, escondida
Vai morrendo o amor
Porque tu o mataste
Vai morrendo tudo
Olhamos para tras
Visualizamos tudo o que fizemos
Nada valeu a pena?
E ja cansados, sem energia
Paramos, pensamos
Para quê tanta agonia?
E é nesse momento
Que dizemos: Basta!
As desavenças, aos conflitos
As discussoes constantes
Aos gritos

As cores do coraçao

O coraçao pode ter varias cores
Cada uma delas transmite
Uma emoçao diferente
Quando a vida corre bem
Ele estara azul
Como um ceu radioso
Rindo para o mundo que o rodeia
Quando algo o aflige
Ficara amarelo fosco
Como um sol em agonia
Pedindo ajuda, pedindo paz
Se sentir que tudo pode melhorar
Sera um verde esperança
Como esmeralda encastrada
Na mais bela joia
Se o amor estiver presente
Ficara vermelho vivo
Rubro de sentimentos lindos
Onde nada o pode derrubar
Se fica incredulo
Com a falsidade que o rodeia
Cinzento fica
Sem querer acreditar
Que ha pessoas a magoar
Outros coraçoes de varias cores
Mas se a vida lhe foge
Por entre os dedos
Sem ter forças para a deter
Fica negro
Tao negro como a noite
Fica negro
Tao negro como a morte

Acorrentada

Deito-me...
E o meu corpo rodopia
Ao longo da noite
E o sono que nao chega
E a mente que nao para
Vejo a minha vida a passar
No reflexo da parede
Uma lagrima cai ...
Deslizando pelo rosto
Ja cansado
Tento fechar os olhos
Nao quero rever mais nada
Mas o sono nao chega
Surge outra imagem
Forte, nitida, real
Mas eu ja nao quero ver
Peço ao sono que venha
Peço a mente que pare
Quero dormir
Preciso esquecer
E o sono vem...
Lento, sem pressa
E com ele tras o sonho
Da minha vida a passar
Desisto!
Estou tao cansada
Quero fugir da vida
Mas nao posso
Sinto-me acorrentada
Ao meu passado
Que nao me deixa
Nem a dormir...
Nem acordada

A ultima pincelada

Peguei na paleta
E com ela algumas cores
Pôs a tela no cavalete
E comecei a pintar
Pintei um prado verde
Que sonhei ser o meu futuro
Um sol dourado
Onde repôs a felicidade
Um céu luminoso
De azul celeste
Colocando a minha infância
Um rio atravessa o vale
De aguas transparentes
Como toda a minha vida
E ao longe...
Algumas casas de varias cores
Idealizando o meu presente
Pintei sem parar
Como se o pincel tivesse vida propria
E me guiasse a mao ja cansada
Quando olhei a minha obra
Meus labios esboçaram
Um sorriso lento
A paisagem da minha vida
Estava finalmente pronta
Masos meus olhos
Uma lagrima cai sobre a tela
Esborratando o sol
Era a ultima pincelada

lundi 4 mai 2009

A minha praia

Tarde de verao
E eu estou so...
Sentada na areia
Branca e molhada
Duma praia qualquer
Penso em nos dois
Juntinho ao mar
Vejo as ondas bater
De mansinho contra as rochas
Gritando por ti
E la ao longe...
Um barco que passa
Ignorando quem o vê
Ondulando ao sabor das vagas
E eu...
Escrevo na areia
As letras do teu nome
Que o mar vem apagar
Sem perguntar se pode
Entao...
Formo com conchas
Dois coraçoes num so
Que o mar enrola e desfaz
Porquê mar?
Sera que tu es contra?
Porque nao me deixas
Ao menos sonhar
Com este amor impossivel
Mas que me enche de felicidade
E me faz sentir
Que sou mulher

A chuva chora comigo

Cai a chuva
Contra as vidraças
Do meu quarto vazio
Ouço o que dizem
As gotas que deslizam
E morrem...
No parapeito da janela
Num gemido rouco
Elas falam de ti
E a chuva nao para
Cada vez mais forte
Parece estar magoada
Com magoa de ti
Porquê?
Magoaste a chuva?
Espera...
Uma gota sussurra
"foi a ti, foi a ti"
A mim?
Sim... a mim
Que magoaste ...
Com a tua ausência
Olho em redor do meu quarto
Procuro-te...
Mas tu nao estas!
Apenas eu, neste quarto vazio
Vazio de ti
E choro...
Mas nao sou so eu
A chuva chora comigo
Contra as vidraças
Da minha janela...